sexta-feira, 8 de junho de 2012

Chegamos ao fim!

     Depois de uma longa jornada, o blog finalmente chegou ao fim... Sabemos que vão ter muitas saudades da nossa companhia, e por isso vamos deixar o blog aberto para que possam recordar todo o nosso trabalho e empenho que tivemos com este elemento, que fez parte da disciplina de Biologia do 12.º ano. Divertimo-nos bastante e, por isso, deixamos aqui as estatísticas globais que estão associadas ao blog, para que possam admirar o nosso "mini-sucesso" ao redor de todo o planeta.


(cliquem nas imagens para verem melhor)


     Assim como o blog, também um capítulo das nossas vidas está prestes a fechar: sim, o secundário já está a acabar... só faltam mesmo os tão temidos exames. Foi uma etapa bastante trabalhosa mas que valeu cada gota de suor, pois os amigos e as experiências que se obtêm são valiosos para o nosso crescimento enquanto pessoas, que agora já se podem considerar adultas (ou talvez ainda não, hihihi).

     Desejamos, então, uns ótimos exames e que todos os vossos objetivos sejam alcançados! Boa sorte e até sempre!


Grupo "Do ADN à Vida"

sábado, 2 de junho de 2012

Um país por "Água Abaixo"


Atol do Kiribati
A nação Kiribati, conjunto de ilhas no oceano Pacífico, já começou a negociar a compra de terras de Fiji. O objectivo é mover a sua população de 113 mil habitantes para lá, já que o aumento do nível do mar está a acabar com suas plantações e reservatórios de água potável. Esta poderá ser a primeira realocação de um país por motivos climáticos.

Alguns dos 32 atóis de coral de Kiribati já estão a desaparecer. Eles ficam à altura da linha do equador, numa área de 3,5 milhões de quilómetros quadrados de oceano. A área total de terra é de 811 quilómetros quadrados, e sua altitude média é de menos de dois metros acima do nível do mar. Tarawa, conjunto de ilhotas, é o centro administrativo e onde se concentra a maioria da população do país.

Anote Tong, presidente de Kiribati, conta que já entrou em contacto com o governo de Fiji para comprar até dois mil hectares de terra. “Essa é a última alternativa, não podemos fazer mais nada. Vamos ter que nos mudar quando as marés alcançarem nossas casas e vilarejos”, lamenta. O presidente conta que os efeitos do clima são uma batalha diária para sua população, e que planeja enviar primeiro à Fiji um grupo de trabalhadores habilidosos, para que eles possam se integrar com mais facilidade à população do país. A intenção é que os imigrantes sejam vistos como uma contribuição valiosa para a economia de Fiji.

“Não queremos que 100 mil pessoas de Kiribati se mudem para Fiji de uma vez só. Eles precisam encontrar emprego como imigrantes habilidosos, como pessoas que têm seu lugar em uma comunidade, e não como refugiados ou cidadãos de segunda classe”, argumenta Tong. O seu governo lançou um programa de “educação para imigração”, para que sua população se mostre atraente como imigrantes.

Os jovens do país estudam na Universidade do Pacífico Sul, e já estão preparados para se desprenderem de seus vilarejos natais. Alumita Durutalo, professor da universidade, diz: “Eles já se estão a preparar muito bem. Já educaram os seus jovens para serem capazes de viver em qualquer lugarr”. Alguns i-Kiribati, como a população é conhecida, têm preocupações em relação à sobrevivência da sua cultura num território novo, especialmente se aqueles que se mudarem primeiro forem os jovens.

“Precisamos que a comunidade internacional crie urgentemente um pacote de medidas para lidar com as necessidades de países que passam pela mesma situação de Kiribati”, alerta Tong.

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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Ilha flutuante de plástico


As 5 'ilhas' de lixo ao redor do planeta
     A bordo do Alguita, mil milhas a norte do Havaí, numa área remota do Oceano Pacífico, os detritos da vida humana acumulam-se num redemoinho tão grande que desafia uma medição precisa. Lâmpadas, garrafas, escovas de dentes, palitos de gelado e pequenos pedaços de plástico, habitam a mancha de lixo do Pacífico, uma vasta área de detritos que a cada década duplica de tamanho e que se acredita ter hoje quase duas vezes o tamanho do Texas.

     Uma investigação, porém, estima que o lixo na verdade impregna o Pacífico, embora a maioria dele seja detetada no redemoinho, onde fortes correntes e fracos ventos mantêm o lixo a girar numa espiral gigantesca. Cientistas afirmam que a fração de lixo é apenas uma das cinco que podem ser detetadas em redemoinhos gigantes espalhados ao redor dos oceanos do mundo.

O plástico é o resíduo mais comum
     plástico é o resíduo mais comum por ser leve, durável e um produto omnipresente e descartável tanto em sociedades avançadas quanto em desenvolvimento. Ele pode flutuar centenas de km antes de ser apanhado por um redemoinho e, então, decompor-se com o tempo.      Mas depois de se partir em bocados, os fragmentos parecem confettis na água. Milhões, bilhões, trilhões e mais dessas partículas flutuam nos redemoinhos repletos de lixo do mundo.

Um peixe recolhido tinha 84
pedaços de plástico no estômago
     Alguns compostos químicos tóxicos não se dissolvem na água, mas o plástico absorve-os como uma esponja. Os peixes que se alimentam de plâncton ingerem as minúsculas partículas plásticas. Cientistas afirmam que os tecidos do peixe contêm alguns dos mesmos componentes do plástico. A hipótese dos cientistas é que as substâncias tóxicas infiltram-se no tecido do peixe por meio do plástico que comem. Quando um predador - um peixe maior ou uma pessoa - come o peixe que come o plástico, esse predador pode estar a transferir toxinas aos seus próprios tecidos, e a concentrações maiores, já que toxinas de múltiplas fontes alimentares podem acumular-se no corpo.


"[A porção de lixo é] só um lembrete de que não há nenhum lugar que não seja afetado pela humanidade."
Jeffery Ernst



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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Peixe robô ajuda no combate à poluição


     Cientistas da Universidade de Essex (no Reino Unido), em conjunto com um grupo financiado pela Comissão Europeia, desenvolveram robôs submarinos em forma de peixes para monitorizar os oceanos do nosso planeta.

     O peixe robô é capaz de identificar os poluentes, procurando fontes de contaminação nas águas e passando essas informações para os portos. Com essas novas “máquinas”, podemos ser capazes de conter muito mais rapidamente possíveis danos ao meio aquático.

     “A ideia é ter monitorização em tempo real, de modo a que se alguém estiver a despejar produtos químicos ou se algo estiver a poluir a água, possamos actuar de imediato, descobrindo o que está a causar o problema e pondo um fim ao mesmo”, explica Lucas Speller, cientista.

Peixe robô
     No entanto, o peixe ainda é um protótipo. Ele é um pouco diferente da maioria dos peixes no que toca ao tamanho: 1,5 metros de comprimento. De resto, o robô é bastante parecido com os animais da vida real.
     A única desvantagem da forma de peixe em relação a outros veículos submarinos autónomos é não ter hélices ou impulsionadores. “O que estamos a tentar fazer é usar a barbatana do peixe para impulsionar os robôs através da água”.


     Por enquanto, os peixes robôs que estão a ser  testados em Gijon, no norte de Espanha, levando amostras para os portos uma vez por mês, mas o que se pretende é que eles verifiquem constantemente a poluição dos mares.
     O maior desafio para que os peixes de metal se tornem comuns nas nossas águas é que são muito caros. Cada um precisa de cerca de 20,000 libras para ser produzido. A vida da bateria também é um obstáculo, já que precisam ser recarregadas a cada oito horas.


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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Vestidos de noiva maravilhosos feitos de papel higiénico



     Casamentos não são baratos, e, mesmo economizando no máximo possível, ainda vai custar uma nota preta. Um grande problema no orçamento é sempre o vestido da noiva: alguém já viu um barato?

     Bom, o nosso grupo já. A equipa do Cheap Chic Weddings organizou um concurso para mostrar que um belo vestido pode ser feito a partir dos materiais mais simples e baratos, como por exemplo, papel higiénico.
     Quase mil vestidos de noiva feitos com papel higiénico foram concebidos e criados para um concurso anual de vestido de noiva de papel higiénico, muitos dos quais tão bem feitos que a maioria das pessoas não conseguiria distingui-los de criações de tecidos caros.
     Os participantes do concurso foram autorizados a usar quanto papel higiénico fosse necessário, bem como cola, fita e materiais de costura. Os vestidos foram julgados em criatividade, originalidade e uso de papel higiénico.
     O primeiro lugar foi para Sussan Brennan, de Michigan, EUA, pelo seu vestido inspirado na natureza. Ela usou apenas 4 rolos de papel higiénico, cola quente e fita, e arrebatou o prémio de mil dólares.

Sussan Brennan

     O segundo lugar e o prémio de 500 dólares, foi para Laura Lee, da Califórnia, EUA. Ela usou cinco rolos de papel higiénico de uma camada, fita adesiva transparente, fita de primeiros socorros e spray adesivo.



Laura Lee
     Cynthia Richards, de Geórgia, EUA, ficou em terceiro lugar, e ganhou 250 dólares. Ela usou 20 rolos de papel higiénico, fita adesiva, cola quente e cola de tecido.
Cynthia Richards
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domingo, 20 de maio de 2012

A "desimpressora" - nova forma de reciclagem?

   E se, em vez de depositarmos aquelas folhas de impressão já usadas no ecoponto, pudéssemos, literalmente, apagar toda a tinta das folhas e usá-las novamente?

     Esta ideia já foi posta em prática por várias entidades, mas era necessário o uso de tintas especiais, o papel ficava estragado... Mas agora, esses problemas têm uma nova esperança de resolução!
    Uma equipa de engenheiros da Universidade de Cambridge desenvolveu um processo de remoção de tinta do papel, recorrendo a impulsos laser.
Fotografia tirada ao perto de papel "desimprimido"
     O processo envolve o uso de impulsos de laser curtos para remover a tinta através do aquecimento dos materiais que a constitui até temperaturas em que vaporizam. Nos testes efetuados, o papel sujeito a este processo não sofreu danos significativos, continuando a assemelhar-se muito ao papel branco original.
Resultados da "desimpressão"
    Demonstrada a técnica em laboratório, os engenheiros pretendem criar um protótipo apropriado para escritórios - a "desimpressora"; contudo, o seu custo de produção pode ascender às 19 mil libras (23 mil e 500 euros, aproximadamente).
    Esta equipa afirma que o processo funciona com as tipologias de papel mais usadas e que é mais amigo do ambiente que a própria reciclagem!

     Com um custo tão elevado, não será melhor mantermo-nos pela reciclagem convencional do papel?

     A equipa de Cambridge admite que as empresas ainda considerarão economicamente mais favorável a reciclagem convencional, mas com o avançar da economia, o preço da "desimpressora" baixará.
  "Quando usamos papel reciclado, usamos muitos recursos naturais", diz o líder da equipa, David Leal-Ayala. "Usamos eletricidade, água e químicos, e para ser honesto, quando imprimimos algo, a única razão de não reutilizarmos o papel é a presença da tinta."; "O papel ainda se encontra em boas condições e não há razão nenhuma de seguir todo esse processo industrial se o papel ainda está em bom estado".

     Está visto que esta e outros tipos de tecnologia similares não estão ao alcance de todos, pelo menos por agora. Deverão ser apoiadas investigações como esta, de modo a encontrar formas alternativas e mais amigas do ambiente que a reciclagem convencional? Ou a reciclagem até aqui efetuada é suficiente para alcançar a sustentabilidade do planeta, no que toca à parte do tratamento de resíduos?
Miguel Serôdio


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segunda-feira, 19 de março de 2012

Mulher salva por um transplante de fezes


     O médico alemão Alexander Khortus diagnosticou, numa paciente, um complicado caso de infecção por Clostridium, uma nociva bactéria que ataca todo o sistema digestivo. Os médicos a trataram com uma variedade de antibióticos, mas nada parou as bactérias. Não havia chance de fazer um transplante de estômago ou intestino, mas Khortus encontrou uma solução criativa.


Bactérias das fezes
     Ela ganhou um novo intestino? Um novo estômago? Não. Ela ganhou novas bactérias. Uma pequena amostra das fezes do seu marido misturada a solução salina foi colocada no seu cólon. A diarréia desapareceu  num dia, bem como a infecção causada pela bactéria.
     O procedimento é conhecido como terapia da bactéria ou transplante fecal e foi realizado poucas vezes ao longo das últimas décadas. Antes do transplante, os médicos viram que a flora intestinal da paciente estava num estado de desespero. As bactérias normais que existem no intestino simplesmente não existiam no dela.
Alexander Khortus
     Duas semanas após o transplante, os cientistas analisaram o seu intestino novamente, e os micróbios do seu marido tinham assumido o espaço. Essa comunidade de micróbios foi capaz de curar a doença da paciente em questão de dias.
     Os cientistas também descobriram que muitas doenças são acompanhadas por mudanças drásticas na composição do nosso ecossistema interior. Pessoas com asma têm um conjunto diferente de micróbios no pulmão do que pessoas saudáveis.
     É por isso que muitos estudiosos estão a esforçar para tentar encontrar a solução. Cientistas estão catalogando milhares de espécies de micróbios, através das sequências de DNA. Outros cientistas estão a fazer experiências para descobrir o que os micróbios realmente fazem – aparentemente, muito bem para nossa saúde. Em última análise, o que os investigadores esperam é aprender o suficiente sobre a microbioma para usá-lo na luta contra as doenças.

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quinta-feira, 15 de março de 2012

Queres melhorar a memória? Esquece!


     Problemas de memória? O melhor a fazer, para poderes te lembrar, é esquecer. Sim; cientistas descobriram que, quanto melhor és em esquecer, melhor és em lembrar.

     Como funciona: para te lembrares de factos que são importantes na tua vida hoje, tens que ser capaz de abrir mão de informação que já não precisas. Por exemplo, se alguém te perguntar quem é o atual Presidente da República Portuguesa, podes te lembrar de Jorge Sampaio. Claro, isto está incorreto. Então tens que arranjar uma maneira de não pensares sobre Jorge Sampaio, para te poderes lembrar de que o presidente atual é Cavaco Silva. Claro, não precisas de te esquecer para sempre dos outros presidentes. O teu cérebro está cheio de informação, e para que tenhas informação importante ao teu alcance, tens que te esquecer de factos que não são imediatamente necessários.

     Numa experiência realizada por investigadores, voluntários receberam uma lista de seis palavras relacionadas: uma lista de seis frutas. Em seguida, os voluntários tiveram que fazer um teste simples em que a categoria foi listada junto com a primeira letra de três itens, seguidos por um espaço em branco a ser preenchido. Por exemplo, categoria “frutas” seguido por um “L” de laranja, ou “M” de maçã. Depois disso, os voluntários fizeram o mesmo teste, mas desta vez com letras iniciais para todos os seis itens. Os voluntários facilmente se lembraram dos três itens que estavam no outro teste. Os outros três foram muito mais difíceis de lembrar. As lembranças desses itens tinham sido “perdidas”.

     Os investigadores afirmaram que algumas pessoas são melhores em “esquecer para lembrar” do que outras. Essas pessoas tendem a ser melhores em resolução de problemas, o que tem a ver com a maneira como seus cérebros organizam a informação, que as ajuda a pensar.

E tu? És melhor em lembrar, ou esquecer?



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terça-feira, 13 de março de 2012

sexta-feira, 9 de março de 2012

Biotecnologia aplicada à saúde

     A biotecnologia consiste na manipulação de organismos, células ou moléculas biológicas que possam ter aplicações específicas. Pode ser aplicada à agricultura, produção de alimentos, áreas da saúde... Um bom exemplo de biotecnologia aplicada à agricultura pode ser os transgénicos, o qual o nosso blog se debruçou num post anterior.
     No caso das aplicações ligadas à saúde, a biotecnologia refere-se a diagnósticos e terapêutica de doenças, amplificando e dirigindo a resposta imunitária através da imunoterapia.
     A imunoterapia recorre à capacidade natural do nosso organismo para combater as doenças, através da produção de anticorpos, proteínas que reconhecem especificamente determinado antigénio (ou determinante antigénico). Essa produção é feita in vitro, por indução da proliferação clonal de linfócitos B ativados por um determinado antigénio. Os anticorpos produzidos intervêm, assim, na imobilização dos antigénios responsáveis pela sua produção.
     Esta tecnologia pode, então, ser aplicada a inúmeras situações, como, por exemplo, testes de gravidez, diagnóstico e tratamento de doenças, preparação de soros, tratamentos de cancros, antídotos para venenos..., tendo por base apenas o facto de os anticorpos produzidos em laboratório e administrados ao indivíduo reconhecerem e "marcarem" ou "imobilizarem" o antigénio em questão.
     Como qualquer tratamento, a imunoterapia tem efeitos secundários, mas raramente se tornam em complicações graves.


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quinta-feira, 8 de março de 2012

Resultados da sondagem #7

Quais as células humanas que morrem por último quando falecemos?


1ª - Células somatotróficas.
  1 (7%)
 

2ª - Neurónios.
  5 (35%)
 

3ª - Células enterocromafins.
  3 (21%)
 

4ª - Células epiteliais da córnea.
  5 (35%)
 

Com a maioria dos votos (35% cada) estão a 2ª e 4ª opções, seguidas da 3ª e 1ª.


Mas afinal quais são as células humanas que morrem por último quando falecemos?

A resposta correcta é a 4ª opção.
Quando falecemos, as células deixam de receber oxigénio, ficando incapacitadas de realizar o seu metabolismo, e mais cedo ou mais tarde, morrem (finda o período de vida útil das mesmas). As primeiras células a morrer são os neurónios (até 8 minutos após a morte cardíaca), daí a necessidade de uma rápida reanimação das funções vitais para se evitar morte cerebral. As últimas células a morrer são mesmo as células epiteliais da córnea, cuja função é revestir esta zona.

Obrigado a todos os leitores "Do ADN à Vida" pelo contributo na sondagem.

A próxima sondagem virá a seguir às férias da Páscoa. Até lá, bom fim de aulas e boas férias!

quarta-feira, 7 de março de 2012

Será que é desta a vacina para a SIDA?

           Cuba prepara-se para iniciar, este ano, estudos clínicos com o objectivo de testar em humanos uma vacina terapêutica contra o vírus VIH (vírus da imunodeficiência humana), causador da SIDA. A notícia foi avançada esta terça-feira pela Reuters, que cita uma das investigadoras envolvidas no projecto.

O desenvolvimento da vacina, denominada Teravac-HIV-1, é da responsabilidade do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB) do país e o fármaco deverá ser testado durante 2012 em cerca de 30 cubanos seropositivos, de acordo com a directora de estudos clínicos da instituição estatal, Verena Muzio.

Segundo a responsável, os pacientes envolvidos no estudo são, portanto, portadores do vírus que ainda não desenvolveram os sintomas da SIDA. "Há muitos investigadores do mundo inteiro que tentam obter vacinas deste tipo e, até agora, não se chegou realmente a nenhuma com resultados satisfatórios", salientou Muzio. 

A equipa alerta, deste modo, para a necessidade de evitar um excesso de expectativas em relação à vacina, uma vez que os estudos estão apenas numa primeira fase a poderão ser precisos vários anos até que os seus benefícios sejam comprovados. No entanto, a cientista confessou que o grupo tem esperança de que "funcione", embora falte "muito tempo para poder demonstrar a sua eficácia como produto".

O sector da biotecnologia tem um peso importante na frágil economia cubana, sendo uma fonte de divisas muito significativa. O país vende 38 medicamentos a cerca de 40 países do mundo, por um valor que superou 350 milhões de dólares em 2008. Entre os produtos oferecidos estão vacinas contra a meningite B e C, a leptospirose e a febre tifóide. 

Actualmente estão em testes clínicos em Cuba outras terapêuticas, nomeadamente vacinas contra o cancro do colo do útero, o cancro da próstata e do ovário, estando também a ser testada em animais uma possível vacina contra a dengue. Nos próximos cinco anos, o CIGB pretende ampliar as receitas com exportações para cerca de 500 milhões de dólares anuais.

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segunda-feira, 5 de março de 2012

A chave para o nosso "relógio biológico" está no cabelo

     Ajustar o seu relógio interno pode ser tão fácil quanto arrancar um fio de cabelo!

    Uma pesquisa recente descobriu que os folículos capilares mantêm o registo da atividade de um gene que influencia a hora de acordar e quando vamos dormir. Os resultados poderiam ser usados para diagnosticar e estudar os distúrbios do sono e problemas como o jet lag – distúrbio do sono relacionado com a mudança brusca de fuso horário. 
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     O nosso ciclo de dormir e acordar é controlado em grande parte por genes chamados genes do relógio. Esses genes variam a sua atividade ao longo do dia e são responsáveis pelo acerto do chamado relógio interno.
     Makoto Akashi, um investigador na Universidade de Yamaguchi, no Japão, e os seus colegas usaram a cabeça e voltaram-se para o cabelo. Na base de cada fio de cabelo há um folículo de células vivas, que se agarra ao cabelo quando puxado. Através desses folículos, os investigadores foram capazes de isolar e controlar a atividade de três genes do tal relógio. Observar os fios de barba é ainda mais eficiente.
     Ao arrancar os cabelos de quatro pessoas nas suas rotinas diárias, os investigadores descobriram que a maior atividade dos genes coincide com o momento de maior atividade do dia. No entanto, quando as pessoas mudam os seus horários em quatro horas, durante três semanas, a atividade de pico dos genes foi deslocada apenas duas horas, o que sugere uma reação semelhante ao jet lag. Ou seja, mesmo que a pessoas se esforce para se manter ativa fora do horário ao qual ela está acostumada, o relógio do seu corpo não acompanha inteiramente a mudança.
     Os investigadores ainda estudaram seis trabalhadores cujos experientes se alternam drasticamante: das 6h às 15h em uma semana e das 15h à meia noite na outra. Eles descobriram que, apesar do pico de atividade dos investigados se terem deslocado nove horas de uma semana para outra, a expressão genética só avançou duas horas. Ou seja, pessoas cujos empregos exigem uma flexibilidade de horário muito grande vivem num estado permanente de jet lag. Por isso, eles possuem maior risco de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral, finalizam os investigadores.


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quinta-feira, 1 de março de 2012

Vacina pode ajudar pessoas a largarem vício da cocaína

     Segundo uma nova pesquisa, uma vacina eficaz contra os sintomas causados pela cocaína em ratos também pode ser útil no tratamento do vício em humanos.


  • COMO ESTA VACINA FOI PREPARADA?
     A vacina combina um segmento do vírus do resfriado comum com uma molécula semelhante à cocaína. Ela funciona activando o sistema imunológico do organismo contra a cocaína, impedindo que a droga chegue ao cérebro.
     A vacina provocou uma forte reacção imunológica nos ratos: anticorpos “anti-cocaína”, ou pequenas proteínas imunológicas, fizeram dos invasores seu alvo. A cocaína não costuma provocar uma resposta imune, mas quando associada às partes do vírus do resfriado, o sistema imunológico foi atrás da droga. Quando isolaram os anticorpos dos ratos no laboratório, os investigadores perceberam que eles neutralizaram a cocaína.
     Em seguida, os investigadores deram cocaína aos ratos vacinados. Apesar da exposição à droga, os animais não ficaram “maluquinhos”, ou seja, não apresentaram nenhum dos sintomas que a droga causa, um efeito que durou pelo menos 13 semanas.


  • QUAIS OS SEUS BENEFÍCIOS?
     Segundo os investigadores, esta é a primeira vez que se desenvolveu uma “solução” anti-drogas que não exige várias infusões caras, e que pode passar rapidamente para testes em humanos.
     A abordagem poderia ser muito promissora na luta contra o vício em humanos. Actualmente, não existe nenhuma vacina aprovada para qualquer dependência de drogas. Porém, a nova vacina ainda terá que passar por extensos testes para se certificar de que é segura e eficaz antes de receber aprovação para ser comercializada.
     Os investigadores acreditam que ela funcionará melhor em dependentes que estão a tentar parar de usar cocaína. A vacina pode ajudá-los a largar o vício, porque mesmo se eles usarem cocaína, uma resposta imune irá destruir a droga antes que ela atinja o centro de prazer do cérebro.


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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Rapariga de 17 anos cria nanopartícula

  Angela Zhang, uma rapariga californiana com apenas 17 anos de idade, acaba de ganhar 100,000 dólares no Grande Prémio de Matemática, Ciência e Tecnologia do Concurso da Siemens.


O que fez para ganhar esses 100,000 dólares?

Angela Zhang, a erguer o seu prémio
 Basicamente, ela criou uma nanopartícula que mata células cancerígenas. Segundo a própria, a partícula melhora os tratamentos actuais contra o cancro porque oferece uma maneira de entregar a droga directamente nas células tumorais, sem afectar as células saudáveis ao seu redor. A partícula também é capaz de libertar uma droga quando activada por um laser.

  A criação de Angela está a ser anunciada como um “canivete suíço no tratamento do cancro”, porque tem muitos usos potenciais diferentes. Apesar de ainda estar a muitos anos de ser usada em pacientes reais, esta vitória é um grande feito, especialmente para uma adolescente.

  Angela trabalhou nestas nanopartículas desde 2009 e passou mais de 1,000 horas no projecto. A sua pesquisa foi estimulada pela morte do seu avô e bisavô, por causa do cancro. Tudo o que a ela pudesse fazer para impedir a doença de matar mais pessoas, ela queria fazer. E parece que conseguiu.


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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Doença de Graves

     O nosso sistema imunitário é bastante eficiente, mas pode apresentar sempre alguns problemas. Um exemplo disso é a autoimunidade - as células imunitárias começam a atacar as próprias células do organismo, pois reconhece-as como estranhos.

A doença de Graves é uma doença autoimune frequente.

     Esta doença caracteriza-se pela presença de hipertiroidismo, bócio, oftalmopatia e, por vezes, mixedema pré-tibial.

Mixedema pré-tibial
     Estes sintomas devem-se à excessiva produção de hormonas pela tiróide. Essa produção desenvolve-se quando anticorpos induzem continuamente a secreção dessas hormonas na glândula, desempenhando a função da TSH (thyroid-stimulating hormone - tireotropina). A causa desta situação deve-se a fenómenos de autoimunidade - células imunitárias (linfócitos T em interação com linfócitos B neste caso) ativam, indiretamente, recetores da tiróide para a TSH, o que induz a produção das hormonas tiroideias.

     Geralmente, todos os indivíduos afetados por esta doença necessitam de tratamento. O tratamento incide em dois objetivos: melhorar rapidamente os sintomas da doença e diminuir a velocidade de produção das hormona tiroideias pela glândula.
     A melhoria dos sintomas da doença faz-se por tratamentos terapêuticos, de modo a eliminar a oftalmopatia e o mixedema pré-tibial.
     O tratamento do hipertiroidismo passa pela via terapêutica, com medicação anti-tiroideia diária, podendo ser aplicado iodo radioativo e/ou cirurgia (raramente efetuada).

Bócio
     A doença de Graves afeta mais mulheres do que homens (devido à maior eficiência do sistema imunitário feminino, o que aumenta a probabilidade da hiperimunidade) e é mais frequente entre os 20 e os 40 anos, embora possa ocorrer em qualquer idade. É, também, a causa mais comum  (entre 60 a 80% dos casos) de hipertiroidismo.
     Não existe forma de prevenir a doença de Graves.

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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Resultados da sondagem #6

A que se deve a oftalmia simpática?


1ª - À bactéria Staphylococcus aureus.
  3 (30%)
 

2ª - A respostas imunes contra as células do nosso organismo.
  4 (40%)
 

3ª - Ao vírus Rhabdoviridae.
  2 (20%)
 

4ª - A uma mutação estrutural.
  1 (10%)
 


Com a maioria dos votos (40% cada) está a 2ª opção, seguida da 1ª, 3ª e 4ª.


Mas afinal a que se deve a oftalmia simpática?

A resposta correcta é a 2ª opção: a oftalmia simpática é um tipo de inflamação ocular após o trauma de um olho. É considerada uma lesão grave, pois pode deixar o paciente completamente cego. Os sintomas da doença são manchas nos olhos e saída dos olhos da cavidade ocular. O trauma penetrante num olho induz a libertação de antigénios, que iniciam a acção de linfócitos T CD4+, daí ser uma doença auto-imune. 

Obrigado a todos os leitores "Do ADN à Vida" pelo contributo na sondagem.

A próxima sondagem virá na segunda-feira, dia 27 de fevereiro. Votem!

Viver com animais pode proteger crianças das alergias

     Segundo uma nova investigação, bebés que convivem com cães e gatos são menos propensos a desenvolver alergias a esses animais mais tarde na vida.


     Os investigadores recolheram informações de 566 crianças e seus pais sobre a exposição das crianças aos animais de estimação e o seu histórico de alergias. Além disso, quando as crianças completaram 18 anos, foram recolhidas amostras de sangue que foram testadas para certas proteínas do sistema imunológico (anticorpos) que lutam contra alérgenos de cães e gatos.
     As crianças que cresceram em lares com gatos tinham cerca de metade da probabilidade (48% mais baixa) de serem alérgicas a eles quando adolescentes. Crescer em torno de um cãozinho reduziu o risco de alergias ao cão por aproximadamente a mesma quantidade para os meninos (50% mais baixo), mas não para meninas; uma descoberta que os investigadores não conseguiram compreender.
     Os cientistas sugerem que as meninas talvez não desenvolvam a mesma imunidade que os meninos porque interagem de forma diferente com os cães; mas é só um palpite.
     A investigação mostrou que estar exposto aos animais de estimação após o primeiro ano de vida não parece ter qualquer efeito sobre o risco de alergias, o que indica que o tempo pode ser tudo quando se trata de prevenir alergias.
     Embora os cientistas não possam dizer com certeza, suspeitam que a exposição precoce a alérgenos e bactérias relacionadas a animais domésticos fortalece o sistema imunitário. O corpo habitua-se aos alérgenos, e ajuda a criança a construir uma imunidade natural.


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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Pessoas que não sentem dor

     A insensibilidade congénita à dor é uma condição na qual uma pessoa não sente qualquer tipo de dor física.
     Estudos recentes concluíram que este problema é genético, atacando homens e mulheres na mesma proporção. Esta condição surge devido a mutações num gene, que acabam por afectar o Nav1.7, uma espécie de canal electroquímico que liga os chamados nervos periféricos ao sistema nervoso central. Desta maneira, embora o "sinal de dor" seja emitido, não chega ao cérebro.

Como a "dor" é transmitida
     Esta condição é de alto risco, uma vez que o objectivo da dor é dar um aviso ao organismo de que algo está errado.
     As pessoas que sofrem de insensibilidade congénita à dor têm uma esperança média de vida de 20 anos.


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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O estilo de vida influencia a nossa imunidade?

     Pelas aulas e pelos posts já publicados, temos bem presente a noção da influência do meio ambiente no nosso organismo, quer ao nível genético, quer ao nível celular. Como não poderia deixar de ser, o nosso sistema imunitário não escapa disto!
     A sociedade de hoje vive um momento em que obter a melhor saúde e estética possíveis é um importante objetivo. Tanto a alimentação, o exercício físico e o estilo quotidiano têm influência na nossa saúde, como sabem. 

O grande segredo para se ter uma boa saúde é fortalecer o sistema imunitário.

     Muitos estudos comprovam que a prática de exercício físico moderado e regular aumenta a eficácia da nossa imunidade, prevenindo-nos melhor de resfriados e constipações, por exemplo - este tipo de exercício tem sido associado ao aumento da produção de macrófagos, células que fagocitam (digerem) microorganismos. Isto pode levar a benefícios substanciais no sistema imunitário a longo prazo.
     O cansaço físico e mental também influencia na imunidade, segundo alguns estudos. Pessoas que se sentem tranquilas e felizes apresentam um sistema de defesa forte, enquanto que pessoas deprimidas, stressadas, têm um sistema imunitário mais debilitado. Num estudo feito a estudantes, evidenciou-se um maior nível de glóbulos brancos em época de férias do que em época de exames!
     A alimentação também tem um papel importante: uma alimentação equilibrada é importante para aumentar a imunidade, já que os alimentos contêm substâncias que podem influenciar, mais uma vez, a produção de leucócitos. Tanto é que, por exemplo, os vegetarianos têm leucócitos mais resistentes a tumores do que quem ingere carne. O facto é que ainda nem se sabe bem porquê, mas tem, obviamente, algo a ver com a alimentação.

     E aqui estão todas as dicas que temos para vocês. Em baixo confiram os sites para verem métodos e alimentos para aumentar a vossa imunidade! Toca a praticar!


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